domingo, 29 de março de 2009

Um ano sem Isabella






No dia 30 de Março de 2008** todo o Brasil ficou conhecendo uma pequena criança, com sorriso encantador e olhos repletos de carisma e encantamento.
Uma criança, que na noite anterior deixou de sonhar em ser bailarina ou professora de Inglês. Uma criança que perdeu a vida de uma maneira brutal, violenta e inconformadamente covarde.

Há um ano, Isabella de Oliveira Nardoni passou a existir em nossas vidas, com aquele sorriso das muitas fotos da família, que viraram referência a um país todo que se chocou com um crime indescritivelmente doloroso.
Passamos a acompanhar os passos da mãe, as acusações sobre o pai e a madrasta, e a acreditar que as investigações estivessem ou não sendo justas mas chegando a um resultado frio, mas, extremamente chocante.
Nenhum adjetivo que eu use de maneira redundante pode expressar todo pavor e dor que tomou conta de nós, meros expectadores na história dessa estrelinha que adotamos.
Tenho certeza que a Isabella mexeu com a vida de todas as pessoas que assistiram ao menos uma entrevista da Ana Carolina pela televisão, ou que acompanhou algum trechinho que seja do desenvolver das investigações.
Infelizmente, são muitas as Isabellas que perdem a vida diariamente nesse país. Grande maioria, nem tomamos conhecimento. São muitas as famílias Oliveiras que sofrem com a dor de perder uma criança tão amada que tinha um futuro tão lindo pela frente. Também são muitas as famílias Nardonis que tentam de alguma maneira deixar impune um ato de extrema loucura.
Há um mês tenho entrado nesse processo de “um ano sem Isabella”. Tenho pensado no que escrever e em como entender tudo o que a “nossa Princess” passou a significar em nossas vidas e nossos corações. Tenho tentado entender toda mudança que a minha vida sofreu desse um ano pra cá. Todas as pessoas que entraram nela ou que saíram e como passei a ver o Mundo a minha volta. Tinha começado a escrever diversos posts diferentes sobre esse um ano. Mas, hoje me pego com vontade de escrever tudo diferente de como eu tinha imaginado.
A minha página no Orkut foi tomada por amigos que colocaram em seu perfil, a foto com o laço rosa e o nome da Isabella escrito. A maioria das pessoas que adotaram a Isa e toda a sua família, estão sofrendo com essa data, e, não apenas com a lembrança de um crime de grande repercussão. O Brasil todo perdeu e sofreu com a perda da Isabella.
Uma criança que não chegamos a conhecer, mas, aprendemos a amar. Aprendemos a ver em seu sorriso toda felicidade e pureza de uma criança. Aprendemos a ver aqueles que são acusados de assassinos com raiva e desprezo dignos de quem fez muito mal a alguém da nossa própria família. Queremos oferecer a família um conforto de proximidade e um carinho solidário. Mesmo diante de todas as manifestações exageradas que aconteceram, com criação de fakes em Orkut, super exposição de fotos, fanatismo incansável na porta da casa da família, tomamos a dor e a revolta pela morte da Isabella como nossa, e, isso tem motivado que a justiça realmente exista nesse país.
Durante a semana, quando recebi por e-mail o convite para a missa de um ano pela morte da Isabella, senti uma dor tomar conta de mim de uma maneira que não sei explicar. Em todas as vezes que sofri, chorei e me solidarizei com os Oliveira, a minha sinceridade foram quase que palpável, mas dessa vez, a minha dor também foi. Me pego brigando com Deus, enviando palavras de conforto para a família, consolando os amigos, tudo ao mesmo tempo, e, o que tudo isso provoca em mim, tenho certeza que acontece com todos aqueles que estiveram tão ligados ao trágico acontecimento.
Não tem uma vez que não visto minha camiseta da Isa, e alguém não me pergunta como anda o processo, quais as novidades, se os assassinos serão julgados em breve e se existem chances deles “escaparem dessa”. Percebo isso como uma mudança nas pessoas. As pessoas realmente querem que a justiça funcione, as pessoas não permitiram que a Isabella fosse apenas mais um número triste e que caísse no esquecimento.
Por pior que tenha sido a repercussão, ela existiu e serviu para que todos pensassem realmente na missão da pequena Isabella. Triste missão, mas, grande como apenas poucos anjos de luz conseguiriam ter.
Em algumas vezes, usei para Ana Carolina e para a Vovó Rosa (mamãe e avó da Isabella), uma comparação que aceitei em meu coração. Assim como Maria teve em sua vida a linda missão de ser a mãe de Jesus, aquele que deu sua vida por todos nós, elas também tiveram a missão mais que especial de cuidar desse pequeno anjo, que veio para nos ensinar tantas coisas. E, assim como todos nós acreditamos na salvação vinda de Jesus, podemos acreditar na missão e na mensagem que Isabella nos deixou. Basta abrirmos nosso coração para isso.
Hoje, dia 29/03/2009, um ano depois da Isabella ter entrado em minha vida, posso dizer que olho para o céu e já vejo lá a “nossa estrelinha”. Não apenas pelo amor que aprendi a ter por ela, mas, pelo amor que consigo ver na missão desse pequeno anjo. A minha vida nunca mais vai ser a mesma depois da Isabella ter passado por ela. Há um ano venho sofrendo todas as mudanças que aceito passar, e, a grande maioria delas vem justamente de tudo o que a Isa me deixou.




**A data conhecida por todos é 29/03/2008 - quando aconteceu a tragédia, mas, a morte da Isabella aconteceu após a meia noite, portanto, 30/03/2008.







quarta-feira, 25 de março de 2009

Passe a diante!


É incrível como temos o péssimo hábito de criticarmos as pessoas e suas atitudes.
Quando um relacionamento acaba, a tendência é sempre a mesma: criticamos o jeito como fomos ou não tratados, como a pessoa nos magoou, como fomos traídos e iludidos... Falamos da pessoa que não faz mais parte do nosso circulo de relacionamentos como se ela se limitasse apenas a ser “a traidora”, “a falsa”, “a”, “a” e “a”. Esquecemos o quanto pudemos ser felizes ao lado daquela pessoa um dia, o quanto ela nos fez bem, e, que a relação não se resume apenas aos momentos ruins, de crise, briga e discussões. Rotulamos o outro com tudo de ruim que possa ter ficado, quando na verdade, esse sentimento nada mais é do que a frustração de não tê-lo mais por perto.
Claro que não é fácil você elogiar aquele namorado que te fez sofrer por meses por uma traição, ou aquela amiga que não foi bem o que você esperava dela.
É muito mais fácil você criticar, falar de todos os defeitos, expor as fraquezas da pessoa e tudo de ruim que aquela relação trouxe para você.
Somos tendenciosos a critica. Perdemos a oportunidade de elogiar sem pedir nada em troca. Abdicamos o direito do outro de ser ou não uma boa pessoa, apenas porque naquele momento nos limitamos a ver tudo de ruim que aconteceu entre nós.
Na minha busca constante em me tornar uma pessoa melhor, tenho enfrentado o desafio de elogiar. Elogiar todos aqueles que um dia me fizeram bem de alguma maneira. É um desafio constante de não criticar, de passar por cima das características do outro que não me agradam e principalmente, de ver o melhor de mim no outro.
Quando nada de bom temos para falar do outro, a melhor coisa é nos limitarmos ao silêncio. Eu sou humana, não posso criticar outro ser humano apenas porque ele é diferente de mim, e, por mais difícil que isso me pareça, tenho simplesmente, tentado!!!




"Aprenda a elogiar o que é bom dos outros e nos outros.Uma vela não perde nem seu fogo nem sua luz porque passou seu fogo a outra vela, ou juntou o seu brilho ao brilho dela. Brilhe e reconheça o brilho dos outros. Uma estrela não fica menor porque admite que a outra é maior. Continua brilhando como sempre brilhou. Querer o primeiro lugar, ainda que inconscientemente é sinal de excesso de auto-estima. Aceitar, perder ou elogiar quem é melhor do que nós em alguma coisa é um bom sinal. Mostra que o "eu" dessa pessoa não ultrapassou o "nós" de quem aquele "eu" depende. Quem acha que só da sua colina e só do seu telescópio se pode ver as crateras da lua é, no mínimo, um astrônomo tolo. Quem acha que só do seu ângulo de fé se pode chegar a Deus nega o brilho de Deus e a capacidade dos outros. Quem acha que a lua ou sol só brilham no telhado da sua casa não está precisando de óculos. Precisa é de mais juízo e de mais humildade." Pe. Zezinho




Saudade...



Temos o privilégio de ter no nosso vocabulário, uma palavra única, com um sentido especial e com um um significado repleto de emoções, histórias e lembranças.

Apesar de doer um pouco, vejo o lado bom da saudade. Aquele sentimento que ficou, porque valeu a pena, porque coisas vividas foram intensas e verdadeiras, e, porque aqueles momentos jamais serão esquecidos.

É uma das palavras mais usadas em poesias, em músicas e em mensagens de amor.É uma nostalgia boa de ser sentida...

Hoje, sinto saudades. De quem se foi, do que vivi, de quem amei, de quem ta longe, de quem passou por mim em um momento... Saudade de todo amor que consegui sentir quando o tempo era o presente...


"O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo..."

Mário Quintana

segunda-feira, 23 de março de 2009

Ah, o amor!!!!


Irresistível!!! É assim que vejo esse "caso" da Fran e do Max no BBB. Estou besta comigo mesma sobre a projeção que acabei depositando nesses dois malucos, rs.

Não preciso repetir que BBB nunca foi meu forte, e que do nada, o vício que me acompanha só depois da metade do programa, nessa edição me enfeitiçou!

Ontem me peguei a madrugada toda acompanhando todas as tentativas da Fran de se entender com o Max. Não acreditei quando fui dormir quase 6 horas da manhã, com o monitor ligado, rindo de felicidade por eles terem se entendido. A Camila, que acaba dividindo comigo esse momento, deve ter dado muita risada quando acordou e viu aquele monte de mensagem no celular dela, cada uma em um momento diferente da discussão dos dois! kkkkkkkkkkkkkk


Bom, a questão é que me peguei pensando na minha projeção, na felicidade que fiquei ao ver os dois benhês bem, e mais do que isso, na angustia que eu senti enquanto eles não se entendiam!

Não adianta, quem não acompanha o programa pelos bastidores, não consegue fazer críticas cabíveis a nenhum dos participantes. (assim como apenas as pessoas que estão realmente dentro de uma situação podem falar sobre ela).A edição do programa acaba deixando muita coisa que poderia mostrar a verdade de cada um de fora. Mas, tudo bem, não é sobre isso que vim falar aqui.


Vim falar sobre paixão, sobre amor, sobre carência, sobre encantamento ou qualquer que seja o sentimento que Max e Fran estão vivendo dentro do BBB9.

A briga que tiveram nesse fds, foi o fim da linha para um monte de coisinhas que estavam ficando mal resolvidas, para atitudes incoerentes e uma série de sentimentozinhos alimentados. Achei ótimo terem conversado tantas vezes e apesar de algumas farpas trocadas, terem permitido que o belo prevalecesse.

Nem sempre vivemos tão intensamente os sentimentos como eles tem vivido la dentro, mas, na maioria das vezes permitimos que o ruim de qualquer relacionamento prevaleça. Uma das pessoas que eu mais admiro, disse uma vez que era para eu perder madrugadas para que nada ficasse mal resolvido com a pessoa que eu amo, mas, que não permitisse criar e alimentar a mágoa.

Ontem, nas várias vezes que a Fran entrou no quarto atrás do Max, e ele pedia para ela sair, mas, mesmo assim a doida continuava lá, insistindo, tentando conversar, tentando rir enquanto levava patadas que a mágoa dele dava nela, me vi ainda mais dentro daquele coraçãozinho.

Eu sou exatamente assim: exageradamente chata e insistente quando eu amo alguém!!!

Ela poderia ter cedido à magoa dele e ter saído. Ter realmente respeitado o momento que ele precisava e ter deixado para se entenderem depois. O mérito aqui, não é de quem estava certo ou errado, mas sim, do tempo que ela não queria perder, dos beijos que ela não queria deixar de dar, dos abraços e amassos que ela não queria deixar de receber.

Muitas vezes, permitimos que as coisas sejam resolvidas amanhã. Deixamos que toda mágoa e todas as minhoquinhas cresçam na nossa cabeça e na do outro, apenas por orgulho do não tentar. Claro que nem sempre o tentar quer dizer amar, mas, na maioria das vezes, o tentar que dizer "não desistir", mostrar que quer, que gosta, que sente, que precisa...

Vejo nesse casal, todas as diferenças que um casal pode ter. Vejo ali, todas as semelhanças que eles precisam pra se entender e a tal da balança do equilíbrio que permite que eles acrescentem um ao outro.

Vejo ali, toda relação que na maioria das vezes está no limite, está desgastada, entregue e acabada, sendo reconquistada por um sentimento, que é maior. Um sentimento que é mais bonito e vale a pena ser resgatado. Vejo o quanto precisamos disso. O quanto nós, nem tão malucos quanto a Fran e nem tão sensatos quanto o Max, podemos e devemos dar novas chances ao nosso coração.

O quanto podemos viver se não desperdiçarmos a oportunidade de ter o momento maior, que é simplesmente, permitir-se!!!

E, viva o amor! Viva o carinho! Viva a sinceridade! Viva a amizade! Viva os erros, os acertos, as loucuras e as seriedades, os finais e os recomeços! Viva a vida!!!

sábado, 21 de março de 2009

Ser diferente é normal!


Descobri pela manhã que hoje é o dia Nacional da Síndrome de Down. Já tinha feito meu post quando senti vontade de escrever a respeito e decidi esperar um pouco para prestar a minha homenagem. Hoje, deixo apenas uma mensagem...


Abençoados são aqueles que tem por perto, anjos especiais enviados por Deus para ensinar o sentido da vida!









Recomendo:

http://www.serdiferenteenormal.org.br/

http://www.fsdown.org.br/

Nem minha, nem sua, nem dele!


"A culpa é só a maneira que o seu ego encontrou para fazer você pensar que está fazendo algum progresso moral."


Li essa frase essa semana, em um livro que está me fascinando. Estou lendo há uma semana e não consigo tirar os olhos de cada nova palavra. Não vou me aprofundar sobre o livro, porque com certeza vou fazê-lo mais pra frente, onde quero ficar horas indicando todo processo de equilíbrio pelo qual a autora passou. Realmente, me encontro em cada virgula ali e, estou acabando a leitura para poder falar sobre isso em breve, rs.


Um dos sentimentos que me acompanha desde a minha infância, é meu sentimento de culpa. Me sinto culpada por tudo, em todos os momentos e em todas as situações. Tenho uma atitude de cobrança em relação a mim mesma, que me torna uma pessoa muito crítica com as minhas atitudes. Há algum tempo, os acontecimentos da minha vida tem me feito buscar o equilíbrio diante desse sentimento.
Comecei a ser mais seletiva com o incômodo causado por mim e pelo outro. Hoje, posso dizer que ainda tenho muito que buscar quando o assunto é o ponto de equilíbrio, mas, já consigo ter uma visão melhor do que realmente não é meu.
Desde criança, escuto minha mãe dizer que "a melhor defesa para quem não tem argumentos, é o ataque". Mesmo que adaptada, essa frase me acompanha nas avaliações naqueles fatos diários que acabam interferindo um pouco na minha busca de paz. Comecei a entender que não sou uma pessoa que ataca. Nem por palavras, nem por ações, nem em entrelinhas. Procuro sempre entender o que acontece comigo, onde estou diante daquela situação, e o que fazer para melhorar para depois conseguir olhar para a atitude alheia. Depois dessa minha percepção, consegui me desvincilhar significativamente do sentimento de culpa.
Não preciso mais do "sentimento do progresso moral" que a personagem do livro se refere. Preciso da minha verdade e de todo sentimento positivo que ela traz para a minha vida.
Começo a entender que as pessoas precisam sempre encontrar culpados para as coisas que não deram certo, mesmo que esses culpados sejam elas próprias. Não preciso mais fazer uma ligação ao que não aconteceu, ou aconteceu de maneira errada a algo ou alguém. Assim como o sucesso obtido também não precisa ser exposto aos quatro ventos para se tornar real.
Entendo que as coisas simplesmente acontecem, tem consequências que estão diretamente ligadas as minhas escolhas e que podem sempre ter dois caminhos: o que eu esperava ou o que eu não queria que acontecesse. Nem sempre preciso entender como negativo aquilo que foi contra os meus planos. O propósito com certeza vai ser mostrado e vivenciado no momento certo.
Com o sentimento de culpa desaparecendo de mim, vai junto toda crítica direta e pesada que eu acabava depositando sobre mim e sobre o outro. Hoje me sinto leve para poder dizer que se algo não foi de acordo com as minhas expectativas, não existem culpados para isso, e sim uma série de momentos, escolhas, características e sentimentos que levaram a isso. E com certeza, o acaso não existe. "O acaso, é a lógica de Deus" e é lá que vou encontrar todas as respostas reais para alguns acontecimentos imaginários (ou não!).
Me liberto então, do sentimento de culpa, meu e do outro. E assim, consigo apenas viver, sem apontar o dedo e menos ainda usar duras palavras para dizer o que eu não sou. Sem depositar em outras pessoas as minhas frustrações e menos ainda me desesperar com elas. E, se eu posso deixar alguma coisa que vale a pena que você acredite, deixo aqui o que fazer com o sentimento de culpa, que você deposita em você ou no outro: acredite, ela não pertence a nenhum de vocês. Simplesmente porque as coisas apenas acontecem...

sexta-feira, 20 de março de 2009

Músicas e Lembranças


Sempre fui extremamente musical. Calma, não sou uma pessoa que acredita que tem talento para a música...Sei que definitivamente nasci para ser a platéia de um bom show, não parte dele.

Quando digo que sempre fui musical, digo que sempre tive trilha sonora pra tudo. A minha vida tem milhares de trilhas sonoras. Em cada momento, tem uma música que cai bem, que combina ou que me traz lembranças.

Guardo todas as músicas no meu coração, tenho fortes lembranças delas e sempre que as escuto, uma onda de sentimentos me invade.

Hoje, fui pega de surpresa por uma dessas músicas que marcaram tanto um dos meus momentos. Infelizmente, não foi um marco positivo. É uma música que doeu muito, que tem uma história triste dentro de mim. Todas as vezes que eu escutava, me trazia toda aquela sensação que eu tive quando "ela aconteceu".

Não conseguia mais cantar essa música. Ela tinha simplesmente travado dentro de mim. O sentimento ruim quando ela tocava no rádio, era imediato.

E hoje...aconteceu sem que eu percebesse.

Estava fazendo um laço em uma cadeira (situação e posição cômicas) e quando vi, a música já estava na metade, eu cantarolando e nenhum tipo de sentimento "pairava" sobre meu coração!

Isso pode parecer pequeno, bobo ou sem fundamento para algumas pessoas, mas, para mim, significa muito. Significa mais que desapego ou saudade saudavel. Significa permitir que algo ruim saisse de dentro de mim. Que alguma coisa que me fez muito mal, pudesse realmente ter ido embora depois de um longo período de estadia.

É como se eu estivesse renovada sem saber que o processo terminou e eu me permiti passar por isso!

Não sei qual vai ser a minha reação na próxima vez que essa música ocasionalmente fizer parte do meu momento, mas, sinto que ela já está livre para "ser tocada" perto de mim. Já consigo escutar essa música como um sucesso que tocou por um longo período nas rádios e eu mudava de estação ou quando aparecia na novela e eu tirava o volume da tv, mas, que não preciso mais fazer isso!

Me sinto com um pesinho a menos na minha gaveta de lembranças doloridas e com uma liberdade maior no repertório da minha trilha sonora.

E, que venha o próximo cd virgem para que eu faça uma nova seleção...

quinta-feira, 19 de março de 2009

Depilação!


Recebi um e-mail de um amigo ontem, que ele me contava ter experimentado a sensação que as mulheres sentem ao se depilar.

Achei engraçado, porque coincidentemente, (não acredito em coincidências), li dois artigos a respeito essa semana.

Primeiro, uma roqueira inglesa, Beth Ditto, faz o maior sucesso no momento, sendo o oposto de uma mulher delicada, feminina e digamos, o contrário do estereótipo de beleza desejável pela maioria de nós. O que me chamou atenção nela, não foi o fato de ser desbocada, nem de ter um baita de um vozeirão, mas, sim ela querer destacar diante disso tudo, o fato de não depilar axilas e não usar desodorante!!!

Depois de algumas risadas que eu destinei ao pequeno artigo, leio mais algumas páginas e me deparo com Charlotte Roche. Uma escritora alemã, aparentemente nova feminista, escritora do livro "Zonas Úmidas", criticando a depilação feminina.

Pronto! Prato cheio para um assunto tão íntimo, tão pessoal, e, na minha humilde opinião tão higiênico, partir para o bla bla bla popular e críticas exageradas sobre o que deve ou não deve ser feito para uma mulher provar seu lado feminino.

Eu sinceramente, amooooo me depilar. Costumo fazer da minha sessão de depilação quase uma terapia. Adoro a minha depiladora, ela é um sarro, me da altos conselhos e ali conto váriassss coisas pra ela. Saio de lá me sentindo limpa. Não sou daquelas neuróticas que não podem ver um pelinho novo, mas, chego quase lá, com a minha grande companheira "pinça". Ela me acompanha quase que o tempo todo quando estou em casa e encontro algum desagradável pelinho perdido depois da minha depilação.

Que mal tem nisso?

Quem foi que colocou na cabeça dessas lindas mulheres que se depilar é ir contra alguma coisa que defende a mulher dentro dos parâmetros de igualdade dos homens?!

Pelo amor de Deus gente! Tanta coisa acontecendo no mundo e tem gente que ainda perde tempo criticando aquelas que gostam de depilar tudo?

Acho engraçado a comparação: se o homem não depila, por que a mulher precisa depilar...

Oras, se não quer depilar, não depile! Se quer ficar uma macaca quase procurada pelo Ibama fique! Mas, não saia por aí defendendo a bandeira de que ao se depilar a mulher perde a personalidade.

Du-vi-do que uma mulher se sinta a vontade colocando um biquíni vendo aqueles desagradáveis pelinhos não só aparecendo, como gritando sua existência. Até mesmo que uma saia mais curta, mostrando lindas e bronzeadas pernas (coisas que as minhas definitivamente não são), possa ter o mesmo efeito sensual de uma pele lisinha, livre daqueles chatos cabelinhos crescendo quase fazendo trancinha!

Não quer se depilar, não depile! Mas, não grite aos quatro cantos que ao fazer isso, sua personalidade pode ser afetada ou os direitos conquistados pelas mulheres podem perder a força!

Não to criticando quem não se depila, mas, por favor, não critiquem quem se depila também!

Tem uma longa, forte e imensa diferença entre ser feminina e feminista.

Mas, vou falar sobre isso em um outro momento, onde depilações e afins não me façam rir e nem perder a paciência!!!!

terça-feira, 17 de março de 2009

Un'amica stretta


Costumo dizer que aniversário é data marcada para RECOMEÇO!
O dia que o Papai do Céu nos manda sinal de alerta para a vida...O que você anda fazendo, o que você anda pensando, como você tem agido... O primeiro dia do resto dos seus dias, quando você decide o que fazer com o resto do ano que tem até Deus te dar outro puxão de orelha!
Hoje, MINHA AMIGA, quando o seu dia chegou, venho te dizer o quanto é especial para mim, e, o quanto Deus "te usa" na minha vida.
Nossa amizade não é de hoje, nem de meses atrás. Nossa amizade, também não é de outro dia, nem de alguns anos. São muitos anos convivendo juntas e tendo a oportunidade de crescermos juntas. Mas, mesmo assim, nossa amizade vem de antes. Vem lá de outras vidas, onde com certeza nós já fazíamos parte da vida uma da outra.
Em outras vidas, nós já tínhamos a cumplicidade de contar e pronto, de estar presente mesmo longe, de aprontar todas em meia hora de voltinha pela cidade, de dividir o lanche na madrugada... Já tínhamos a amizade de olhar no olho e saber "o que foi"...de acompanhar e não pedir nada em troca...de saber que a outra ta errada e mesmo assim estar ao lado uma da outra... Já tínhamos em outras vidas, a sensação de que isso já aconteceu, e, que amizades assim não são tão fáceis de encontrar e menos ainda de se manter.

Ilana, dia 18 de março de 1983, foi o dia que Deus escolheu para te colocar na minha vida.
E, para você minha amiga, desejo tudo de melhor que a vida pode oferecer!Sonhos, conquistas, amor, saúde, fé, perseverança, sucesso, alegria, paz, esperança, lutas, VIDA!!!!!! Te desejo muita vida minha GRANDE AMIGA, e, se Deus nos permitir, estarei ao seu lado em todos os momentos dela! Te amo!!!



Tudo pode ser, se quiser será
O sonho sempre vem pra quem sonhar
Tudo pode ser, só basta acreditar
Tudo que tiver que ser, será

Tudo que eu fizer
Eu vou tentar melhor do que já fiz
Esteja o meu destino onde estiver
Eu vou buscar a sorte e ser feliz
Tudo que eu quiser
O cara lá de cima vai me dar
Me dar toda coragem que puder
Que não me falte forças pra lutar
Vamos com você
Nós somos invencíveis, pode crer
Todos somos um
E juntos não existe mal nenhum
Vamos com você
Nós somos invencíveis, pode crer
O sonho esta no ar
O amor me faz cantar, faz cantar

Lua de cristal
Que me faz sonhar
Faz de mim estrela
Que eu já sei brilhar
Lua de cristal
Nova de paixão
Faz da minha vida
Cheia de emoção


A NOSSA música minha amiga! É o que desejo a você!




Noite de PAREDÃO!!!


Não resisto, não resisto e não resisto!

Vou ter que acabar fazendo um blog só pra postar sobre BBB de tanto que o dito cujo anda me contaminando! kkkkkkkkkk

Nunca, em todas as versões anteriores eu cheguei a pensar nessa hipótese!

Me pego rindo pra tv, pro computador, pensando nas estratégias e nos comportamentos alheios, lendo blogs por aí e simplesmente, não acredito que essa sou eu!!!
Lembro de pouquissimos BBBs das outras versões. Um ou outro mesmo conseguiram me fazer ter o nome na memória, mas, dessa edição, acho que não vou esquecer tão cedo! Pelo menos da metade pra frente, que foi quando eu realmente me tornei uma telespectadora assídua!

Como eu PRECISOOOOO falar, la vai eu dar pitaco no paredão de hoje!

Votei milharessss de vezes pra Naiá sair! Não quero acreditar que ela vai ficar não!

Quero que a saída dela, mostre pra Ana que ela pode seguir sozinha, mostre pra Fran que ela tá sendo influenciada negativamente, mostre para o Max que ele não é o vilãozinho da casa, e mostre para todos os outros que ela não é tão forte assim (ESPERO!).

Não acho necessário eu ficar falando de todas aqui, como fiz ontem! Vou falar da Josi e da Naiá só...quem sabe assim mais pessoas se juntam a mim na votação!

Acho a Josi SUPER centrada. Entende as pessoas, encontra respostas, da um ar maduro para os acontecimentos, e, qdo ela faz aquelas vozinhas dos 7 filhos dela, eu me mato de dar risada. A única coisa que me intriga, é o seu lado humanamente normal, de conseguir dar conselhos a todos, ser sensata quando a opinião é para todas as pessoas da casa, e acaba falhando quando o foco é ela. Críticas exageradas aos demais participantes acabam prejudicando um pouco, mas, totalmente comum quando o assunto é ser humano

Naiá...Já foi incógnita pra mim. Fiquei um tempão tentando descobrir o que ela realmente queria. Fiquei naquela de tentar adivinhar o tamanho das confusões dela contra a manipulação que ela agia "sem perceber". Não acredito que ela tenha má fé não, só está usando a favor dela, o poder de persuasão diante das outras pessoas. Inteligentíssima. E, de destrambelhada, não tem nada.Vai de acordo com os interesses dela e dela mesma, só! Não só fala mal de todo mundo, como tenta jogar uns contra os outros "disfarçadamente". Não quero que ela fique não. Já mostrou quem é, e a incógnita já foi resolvida na minha cabeça.

No mais, espero de coração que Josi fique e que isso possa mostrar a todos um monte de coisas! Um monte dessas coisas, que só o BBB consegue. E, que nosso espelho diante do jogo, possa de algum jeito, funcionar a nosso favor.

E então, vamos votar??!!!
Por favor hein, se for pra votar pra Naiá ficar, nem precisa!!! rsss
E, vamos espiar nossa "caixa de skinner"!!!!




Ps. Camila minha amiga, quando o programa começou, lembro de ter brincado que ia te perder pro BBB, mas, depois de ontem, via webcam, você acompanhou todas as minhas caras e caretas, tenho que falar: TO PIOR QUE VOCÊ! Avisa a Marina que a companhia dela chega semana que vem! kkkkkkkk



**Foto do site da Revista Contigo (quer melhor lugar pra ler fofoca?) - do blog da Fani.


segunda-feira, 16 de março de 2009

C'est la vie!!!


Nunca imaginei que ia ficar tão viciada em BBB desse jeito!

Até me dei ao trabalho de assinar o provedor da globo.com pra não perder os melhores momentos da casa. Claro que meu momento carência é totalmente "culpado" por essa minha projeção no programa.


Tem horas que dá vontade de chacoalhar as pessoas, entrar na tv e falar "presta atenção"!!!!

Tenho milhares de defeitos quando to dentro de uma relação, mas, se tem uma coisa que eu faço por inteiro, é ser sincera. Seja com amigos, namoros, rolos, família... Não enfeito sentimento e da minha maneira, tento não entrar em joguinhos e apenas falar o que se passa dentro de mim.


To assistindo tudo, e me da aquela raivinha quando o tal dos achismos toma conta das pessoas. Nos últimos meses, foram tantos achismos na minha vida, que peguei birra do dito cujo de um jeito, que tudo o que é "acho" já perde a credibilidade comigo.


Alguém pode por favor avisar a Fran que a Naiá tem um poder de persuasão tão grande que ela manipula tudo o tempo todo com isso? Alguém pode por favor, avisar a Ana que ela está sendo influenciada por esse jogo do "aponta-dedos" que a mesma senhora dona Naiá criou sentada sim no "banquinho" de que está sempre certa e tem o poder de julgamento alheio? Avisem ao Max, que de vez em quando uma brincadeira tem o pedido desesperado de "me mostre que estou errada" e que basta ele falar um pouquinho que seja mais...


Incrível como a amizade que "o lado B" criou incomoda as outras pessoas. Se Milena não quis votar em ninguém dos amigos dela simplesmente porque não teria justificativa, justificado está. É AMIZADE! Pronto! O tempo que puderem evitar, eles vão evitar! E quem disse que o critério de não votar em amigo é errado?


Ando pensando tanto na minha vida, que a projeção tá tomando conta de mim nesse momento BBB. Relacionamentos, questionamentos, julgamentos. aiiiii
Deusolivre eu estar dentro de um jogo em uma hora dessas! Aí sim minha cabeça fundiria de vez!


A minha preferida dentro da casa é a Fran. Não adianta, eu me identifico com ela até nas fraquezas mais imaturas que ela grita dentro da casa. Entendo cada passinho que ela dá como se fosse os meus próprios e apesar de não concordar com algumas coisas, consigo entrar no coração dela e saber tudo o que se passa por ali, rs.


Por isso, fico aqui angustiada quando vejo que ela ta mastigando uma coisa que poderia ser mais simples se ela apenas falasse! Se colocasse pra fora e tentasse dividir com o maior interessado disso tudo o sentimento que vai acabar virando magoa e rancor dentro dela. A gente não escolhe por quem se apaixona (sacoooo), mas, a gente pode sim escolher como conduzir a paixão se não entrar no jogo dos outros.


Não imaginei que fosse falar assim sobre BBB um dia, mas, fazer o quê?! "C'est la vie!"

domingo, 15 de março de 2009

Domingo...


Amo dormir até tarde. Tenho um sério problema quando o assunto é acordar cedo, e bem humorada. O que eu mais gosto do final de semana, é a falta de compromisso com o meu sono. Acordar a hora que eu quero e pronto.
Levanto, deito, acordo, durmo..Fico o dia todo naquela enrolação de não sair muito do quarto e nem tirar o pijama. Só quando é pra colocar outro.
Os domingos aqui em casa, são sempre com meu pai na cozinha. Se vem alguém almoçar ou não, é ele quem faz o almoço. Claro que o dia dele começa mais cedo que o meu.


Normalmente, eu abria a porta para as cachorras saírem e correrem atrás do meu pai pra brincar. Ele levava as madames para passear de carro, depois saia com elas pela quadra para que fizessem suas necessidades. Quando chegavam, elas vinham correndo em cima de mim, lamber, pular, brincar pra avisar que chegaram. Ficavam nessa de entra e sai do meu quarto até eu levantar.
Enquanto eu me espreguiçava na cama, ouvia os barulhos dos bichinhos e das bolinhas correndo debaixo da minha janela e aquela alegria que não tinha como começar o dia triste.
A Gucci, com toda a sua calma, trazia o brinquedinho bem perto de mim, e ficava empurrando com o focinho até não ter jeito de escapar e jogar pra ela pegar. A Mel, lógico, bem mais serelepe, pulava na minha cabeça, mordia a minha orelha, me lambia toda até eu levantar e brincar com ela na cama.
Já descia com a certeza que tinha sido bem acordada. Impossível sentir mau humor ou ficar irritada com meus bebes me acordando tão carinhosamente. Há 3 domingos isso não acontece.
Não tem ninguém arranhando a porta do quarto para eu abrir, ninguém me acorda pra brincar, e, não tem barulho que entra pela janela.
A Meg sai quando eu abro a porta e se comporta até a hora que eu desço, só ficando de barriga pra cima para eu fazer carinho e desejar bom dia...


A casa está em silêncio, nem parece domingo...

Amor & Ódio ???!!!


Em um desses artigos bem escritos de revistas femininas, li alguma coisa sobre a proximidade do amor e do ódio. Confesso que até pensei sobre isso algumas vezes, acreditei na possibilidade dessa ligação, mas, nunca levei muito a sério e nem queria argumentos que me fizessem pensar melhor a respeito.
Mas, depois desse artigo, algumas coisinhas acabaram mexendo na minha cabeça com o inevitável...Será?!
Nenhuma definição do amor consegue realmente expressá-lo. Podemos chegar perto ou conformar nossa falta de palavras com versos bonitos e sensações bem próximas com todo aquele sentimento que nos faz tão bem.
Um dos maiores exemplos que já tive na vida, me disse uma vez que quando é amor, seja ele da natureza que for, não envolve sofrimento. Pediu que eu sempre prestasse atenção a esse detalhe, pois poderia ser pega de surpresa na hora de acreditar em "verdades absolutas".
Partindo disso, me questiono da dor que qualquer tipo de ódio, raiva, mágoa ou ressentimento causam e do que isso tem com o sentimento puro, leve, desapegado e verdadeiro que nos traz o amor.
Até que momento, podemos dizer que amamos alguém se um dia qualquer chegamos a ter raiva e nos enfurecermos contra essa pessoa a ponto de odiá-la.
Qual o sentido que entregamos ao amor, quando permitimos que sejam usados em seu nome, palavras duras, julgamentos cruéis e magoas tão profundas que chegam a doer na alma...
Em que acreditamos quando permitimos que o amor, tão sublime e particular, possa ser colocado ao lado de um sentimento tão fraco, vulnerável e feio...
Que verdade é essa que nos fizeram acreditar que podemos sentir "ódio" por aqueles que amamos demais...
Quem disse que sentimentos bonitos se confundem com sentimentos feios quando as dúvidas pairam em nossas cabeças, tentando governar nossos corações...


Esse artigo despertou em mim, mais que simples indagações sobre amor e ódio, mas, cutucou dentro do meu eu mais profundo a verdade sobre a maneira como eu amo e como sou amada.As explicações concretas, acredito que jamais vou ter, mas, vou me permitir ficar atenta às explosões de sentimentos mais intensos..Sejam eles bons ou ruins...

sexta-feira, 13 de março de 2009

"Mudamos o mundo ao mudarmos nós mesmos"





"Uma mudança ou transformação pressupõe uma alteração de um estado, modelo ou situação anterior, para um estado, modelo ou situação futuros, por razões inesperadas e incontroláveis, ou por razões planejadas e premeditadas.
Mudar envolve, necessariamente, capacidade de compreensão e adoção de práticas
que concretizem o desejo de transformação. Isto é, para que a mudança aconteça, as pessoas precisam estar sensibilizadas por ela.
Perceber a dinâmica
das mudanças é uma necessidade. Viver atualizado é uma questão de sobrevivência e uma maneira de visualizar melhor o futuro, já que os novos tempos exigem uma nova postura de pensamento. Existe um mundo que está acabando e outro que está começando e as pessoas, naturalmente, costumam lidar com isso de maneira defensiva, com temor ou rejeição, na maioria das vezes.
Mesmo pessoas mais esclarecidas e atualizadas revelam-se surpresas com as mudanças sociais, políticas, econômicas, tecnológicas, culturais, ecológicas, etc., que acontecem ao longo da vida.
. Essas transformações fazem com que a vida não seja um caminho linear em que as pessoas percorram livres e desimpedidas." Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



Toda mudança gera uma certa dor. Deixar algumas coisas, mesmo que ruins para tras causa aquela sensação de deixar o certo pelo duvidoso.
O que é novo nos assusta. Nos causa um certo medo do que vem pela frente, de como você vai agir a partir de agora, das reações que você vai ter, de como se posicionar diante daquilo que você ainda não conhece tão bem.
Escutei uma vez da minha psicóloga dizer que não é orgulho nenhum ficar estagnado achando que tem o jeito certo de ser e que aquilo não precisa mudar. Foi um susto escutar isso, embora eu concordasse com ela, mas, a gente tem a enorme dificuldade de lidar com as próprias mudanças.
Vivemos reclamando que não damos conta dessa ou daquela atitude das pessoas para conosco, mas, e até que ponto nós permitimos essa atitude? Até onde somos responsáveis pela maneira como o outro age conosco?!
Quando escrevi que mudamos o mundo ao mudarmos nós mesmos, usei uma frase que me acompanha ha anos para tentar entender a visão que eu tenho das coisas e das pessoas.
Sempre que faço novas postagens, procuro imagens que me chamam mais atenção para definir aquilo que escrevi e o que estou sentindo no momento. Na maioria das vezes, imagens com borboletas me conquistam de primeira. Amo borboletas, amo tudo aquilo que elas significam. E, a borboleta é o maior simbolo da mudança, da metamorfose, do pequeno e inacreditavel casulo que sai para criar asas e simplesmente se transformar em um bichinho diferente de qualquer outro que possa existir.
Em um daqueles exercícios de desenhos que fazemos na terapia (quano mico ja paguei pra minha psicologa), eu tinha que desenhar vários itens em uma folha A4 e depois interpretamos juntas aquela minha pequena "obra de arte". Muitas foram as coisas que o "ingênuo" desenho me revelou, e, uma delas, é a mudança constante em que eu me encontro. Claro que levei um susto quando escutei ela falando "nossa, que maravilha!"
Como a maioria das pessoas, eu acreditava que mudar tanto não era ter opinião própria. Acreditava na diferença aguda entre flexibilidade e 'maria-vai-com-as-outras'. E, só o tempo pode me mostrar o quanto me engrandece todas as mudanças que enfrento.
Nem sempre elas são agradáveis para aquelas verdades que eu considerava imbatíveis, nem sempre elas me deixam a vontade de primeira e nem sempre elas conseguem me mostrar a maravilha de poder me renovar a cada nova manhã. Mas, em todas as minhas mudanças, eu consigo me perceber melhor, me amar mais, me permitir errar e acertar e, acima de tudo, olhar pra dentro do meu eu mais profundo e conhecer tudo aquilo que ele me diz.
A minha essência não muda. A minha alma persiste sempre com os mesmos ideais, mas, a minha percepção do mundo evolui.
A minha convivência com aqueles que eu amo melhora, a minha maturidade conquista espaço e eu simplesmente entendo que vejo o mundo conforme a cor dos meus óculos.
Hoje posso dizer que tenho orgulho de todas as minhas mudanças, de todas as adaptaões que faço em mim e de todas as cicatrizes que essas mudanças me deixam.
Enquanto algumas pessoas perdem tempo reclamando daquilo que te fazem mal, eu procuro mudar isso. E, garanto, é o que tem me tornado melhor e me feito evoluir a cada nova caminhada!


Nada muda, se você não mudar!



quinta-feira, 12 de março de 2009

Casas Vivas ou Casas Mortas


"Sua casa é viva ou morta? A pergunta soa estranha, com certeza. E você logo responderá que casa é algo inanimada.
A casa é feita de pedras, tijolos, madeira, portanto, não tem vida.
Entretanto, casas existem que são mortas. Vocês entram e sente em todos os comodos a inexistência de vida. Sim, dentro delas habitam pessoas, famílias inteiras.
Mas são aquelas casas em que quase tudo é proibido. Tudo tem que estar tão arrumado, ajeitado, sempre, que não se pode sentar no sofá porque se está arriscando sujar o revestimento novo e caro.
Casas em que o quarto das crianças é impecável. Todos os bichinhos de pelúcia, por ordem de cor e tamanho, repousam nas prateleiras.
Essas casas são frias. Pequenas ou imensas, carecem do calor da descontração, da luz da liberdade e da iluminada possibilidade de dentro delas se respirar, cantar, viver.
Por isso mesmo parecem mortas.
As casas vivas já demonstram, desde o jardim, que nelas existe vibração e alegria.
No gramado, a bola quieta fala da existência de muitos folguedos. A bicicleta, meio deitada, perto da garagem, diz que pernas infantis até há pouco a movimentaram com vigor.
Em todos os comodos se reflete a vida. No sofá, um ursinho de pelúcia denuncia a presença de um pequenino irrequieto que carrega a sua preciosidade por todos os cantos.
Na saleta, livros, cadernos e lápis dizem dos estudos que se repetem durante horas. O dicionário aberto, um marcador de páginas assinalando uma mensagem preciosa falam de pesquisa e leitura atenciosa.
A cozinha exala a mensagem de que ali, a qualquer momento, pode chegar alguém e se servir de um copo de água, um café, um pedaço de pão.
Os quartos traduzem a presença dos moradores. Cores alegres nas cortinas, janelas abertas para que o sol entre em abundância.
Os travesseiros um pouco desajeitados deixam notar que as crianças os jogam, vez ou outra, umas contra as outras, em alegres brincadeiras.
Enfim, as casas vivas são aquelas em que as pessoas podem viver com liberdade. O que não quer dizer com desordem.

As casas vivas são aquelas nas quais os seus moradores já descobriram que elas foram feitas para morar, mas sobretudo para se viver.
* * *
O desapego às coisas terrenas inicia nas pequeninas coisas. Se estabelecemos, em nosso lar, rígidas regras de comportamento para que tudo esteja sempre impecável, como se pessoas ali não vivessem, estamos demonstrando que o mais importante é as coisas, não as pessoas.
Manter o asseio, a ordem é correto. Escravizar-se a detalhes, temer por estragos significa exagerado apego a coisas que, em última análise, somente existem em função das pessoas.
Transforme sua casa, pequena, de madeira, uma mansão, num lugar agradável de se retornar, de se viver, de se conviver com a família, os amigos, os amores.
Coloque sinais de vida em todos os aposentos. Disponha flores nas janelas para que quem passe, possa dizer: Esta é uma casa viva. É um lar. "


São muitas as coisas que eu gostaria de escrever sobre essa mensagem. Talvez falar da alegria que a minha casa perdeu nos últimos dias, ou até mesmo soltar uma dissertação sobre a casa que existe dentro de cada um de nós. Mas, vou deixar no ar. Pensem sobre isso e, logo voltamos a falar!

terça-feira, 10 de março de 2009

"Achismos"


Como temos o péssimo costume de achar as coisas! Damos o veredito sem escutarmos o réu!

Achamos que as pessoas pensam, achamos que as pessoas sentem, achamos que as pessoas gostam, achamos, achamos, achamos...Nos esquecemos de perguntar, de falar, de olhar no olho e escutar!


Todo BBB eu não vejo o começo, e na metade pego o vício. Claro que as espiadinhas básicas acontecem desde o primeiro dia e com isso, os participantes preferidos vão aparecendo.


Nos últimos dias, tenho acompanhando um falatório naquela casa, que como diz uma amiga, "tenho vontade de esganar" algumas pessoas.


Claro que muito daquilo não condiz com a realidade. A pressão é enorme, os relacionamentos intensos demais, emoção extremamente solta ao vento, mas, não tem como não parar pra pensar.. Não consigo me lembrar direito qual a frase certa dita por Pedro Bial em um daqueles textos incríveis que ele "nos despeja" em dias de paredão, mas, o sentido, foi impossível esquecer.. Ele disse que "nos vemos no outro, pelo BBB"...E, quando essas situações acontecem, impossível não relacionarmos com o lado de cá da casa.


A tal da Naiá (que ainda é uma incógnita pra mim), deu para jogar na cara dos participantes do "outro lado" que eles combinam voto. Estamos acompanhando por aqui, e, sabemos que as preferências existem, mas, que o voto combinado, não tá acontecendo. A Ana, que divide a minha opinião, tem gritado aos quatro cantos que a única amizade verdadeira que existe ali, é das duas. Josi (já gostei mais dela) e a Maíra (não desce pela minha garganta de jeito nenhum!!!) falam o dia todo do critério de votação, de justiça e não sei mais o quê.


Enquanto isso, a única coisa que realmente percebo é que "esse lado" da casa, criou um vínculo de amizade que eles simplesmente preservam uns aos outros pela lealdade. Simples assim.


Simples demais se as pessoas parassem de ficar procurando o tal do 'cabelo em ovo' e ficar arrumando justificativas pelo que nem lhes diz respeito...


Fico pensando, em quantas oportunidades perdemos de olhar para o que as pessoas realmente tem a dizer, quando tentamos ficar interpretando as "entrelinhas" do que pode não ter sido dito. A quantidade de vezes que jogamos fora a chance de acreditar em alguém porque a verdade que criamos não pode ser errada diante da verdade do outro. Os julgamentos que nos permitimos fazer do sentimento e pensamento alheio, apenas porque as atitudes das pessoas não saem como o esperado.


Nos últimos tempos, tenho evitado falar com meias palavras. Se eu tenho alguma coisa para falar pra alguém, falo e pronto. Se quiser ficar tentando me entender e encontrar o que eu não disse, pode ter certeza que é perda de tempo. As coisas podem ser mais simples se não ficarmos sempre insistindo em decifrá-las e complicá-las.


Claro que tudo tem uma razão, um motivo, alguma coisa que impulsiona o sentimento, a atitude, mas, nem sempre isso diz respeito a outra pessoa. E, se quer saber, pergunte. Se quer que a pessoa saiba, fale!


O BBB pode não ser considerado o programa mais cultural, informativo que existe, mas, as situações que acontecem ali, estão o tempo todo acontecendo conosco. Com graus e intensidades diferentes, mas, sempre acontecendo...


Todos temos a opção de achar e perguntar. Temos a opção de fazer com que as pessoas achem ou simplesmente falar. Nada na vida é tão certo e tão difícil. Nós acabamos complicando as coisas com as nossas interpretações do outro. Interpretações equivocadas ou 'maximizadas' do que o outro pensa, sente, fala e age.
Se você acha, você não tem certeza. Se você não tem certeza, não pode dar uma coisa como verdade. Se não pode dar uma coisa como verdade, não pode sentí-la como tal.

Efêmero (Letícia Thompson)

Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é efêmera,
talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades
que temos de ser e de fazer os outros felizes.

Muitas flores são colhidas cedo demais. Algumas, mesmo ainda
em botão.
Há sementes que nunca brotam e há aquelas flores que vivem
a vida inteira até que, pétala por pétala, tranqüilas, vividas,
se entregam ao vento.

Mas a gente não sabe adivinhar. A gente não sabe por quanto
tempo estará enfeitando esse Éden e tampouco aquelas flores
que foram plantadas ao nosso redor. E descuidamos.
Cuidamos pouco. De nós, dos outros.

Nos entristecemos por coisas pequenas e perdemos
minutos e horas preciosos. Perdemos dias, às vezes anos.

Nos calamos quando deveríamos falar; falamos demais
quando deveríamos ficar em silêncio. Não damos o abraço
que tanto nossa alma pede porque algo em nós impede
essa aproximação. Não damos um beijo carinhoso
"porque não estamos acostumados com isso" e não dizemos
que gostamos porque achamos que o outro sabe automaticamente
o que sentimos.

E passa a noite e chega o dia, o sol nasce e adormece e
continuamos os mesmos, fechados em nós. Reclamamos do
que não temos, ou achamos que não temos suficiente.
Cobramos. Dos outros. Da vida. De nós mesmos.
Nos consumimos.

Costumamos comparar nossas vidas com as daqueles que
possuem mais que a gente. E se experimentássemos comparar
com aqueles que possuem menos? Isso faria uma grande diferença!

E o tempo passa...

Passamos pela vida, não vivemos. Sobrevivemos, porque não
sabemos fazer outra coisa.

Até que, inesperadamente, acordamos e olhamos pra trás.
E então nos perguntamos: e agora?!

Agora, hoje, ainda é tempo de reconstruir alguma coisa,
de dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa,
de agradecer pelo que temos.

Nunca se é velho demais ou jovem demais para amar,
dizer uma palavra gentil ou fazer um gesto carinhoso.

Não olhe para trás. O que passou, passou.
O que perdemos, perdemos.

Olhe para frente!

Ainda é tempo de apreciar as flores que estão inteiras
ao nosso redor. Ainda é tempo de voltar-se para Deus e
agradecer pela vida, que mesmo efêmera, ainda está em nós.

Pense!... Não perca mais tempo....

segunda-feira, 9 de março de 2009

Tiaaaaaaaaaaaaa


Eu ainda era a sobrinha, quando comecei a ser a tia. Meu primeiro sobrinho nasceu quando eu tinha 11 anos. Mesmo morando longe, o Alan era meu mimo... Gordinho, engraçadinho, brincalhão, eu adorava quando ele pedia o "gagui" (chocolate) pra mim...Cresceu vindo pra cá nas férias, nos Natais, feriados mais importantes...Eu enchia a boca pra dizer "o meu sobrinho!"


Depois dele veio o Vinícius..Como eu era grudada nele! Era uma choradeira só quando ele tinha que ir embora. Agarrava no meu pescoço e era um sacrifício pra desgrudar. E eu adorava a cena. Como uma escadinha, vieram o Leonardo, depois Ana Clara, Maria Luisa e Arthur.


Cada um a sua maneira me encantou com o privilégio de ter sobrinhos lindos, abençoados por Deus e me ensinando cada dia mais a arte de ser tia. Meu convívio é diferente com cada um, minha relação tia - sobrinho (a) me ensina um pouco do amor incondicional e me permite ganhar um pouquinho das diferentes caracteristicas de cada.


Ontem em especial, pude pensar muito sobre isso.


Desde que a Gucci e a Mel foram morar no céu, eu ainda não tinha visto a Ana Clara. Não dentro da minha casa, onde eu não preciso manter a postura que mantenho no trabalho quando ela vem passar a tarde comigo. Falei com ela pela manhã e já fiquei sabendo que teria companhia pro domingo. Assim que ela chegou e entregou no meu colo a cachorrinha dela, que é filhinha da Gu e irmãzinha da Mel, meu coração doeu tanto, que não consegui entender meu sentimento. Pouco depois, quando ela "deu uma saidinha", não me contive e caí em lágrimas...


O dia foi passando e eu pude perceber a intenção da minha grande pequena amiga...Ela cuidou de mim o dia inteiro. Tentou me animar e proteger, como se eu fosse a sobrinha e ela a tia...Os abraços, os beijos, os pedidos de colo, as palavras carinhosas, as brincadeiras... O tempo todo, a minha sobrinha demonstrou o quanto ela se importa comigo, o quanto ela me ama e o quanto ELA faz diferença na minha vida.


Antes de dormir, consegui entender mais um pouco a escolha de estar nessa família, com essas crianças maravilhosamente encantadoras por perto. Não sei se consigo ser para cada um deles, a tia que eles merecem ter, mas, sei que eles conseguem ser para mim muito mais do que os sobrinhos que eu preciso. Pensei na minha relação com as minhas tias, na maneira como elas são presentes na minha vida e o pedacinho que cada uma delas contribuiu para eu ser a Milena que sou hoje. Pensei no quanto as minhas tias ainda me cuidam, me pegam no colo, me protegem, e no quanto elas ainda fazem tudo o que a minha sobrinha fez por mim ontem.


Pode ser que em alguns momentos, eu seja falha com eles. Tanto tias quanto sobrinhos. Pode ser que em alguns momentos eu não seja o que eles esperam de mim, mas, a maneira como eles retribuem o que eles recebem de mim, é tão maior que me faz realmente amar e simplesmente amar.


Sou uma tia coruja, sou uma sobrinha orgulhosa, e, acredito que aprender sempre a ser alguém melhor com eles é o que torna a minha vida mágica...


sábado, 7 de março de 2009

A arte de ser mulher

Ainda com o coração de luto, vou arriscar escrever...

Não sei bem o que vai sair...



Dia 08 de Março - Dia Internacional da Mulher



Camila: todas as faces e fases de uma Mulher



Homenagear a mulher, é poder falar de todas elas, mas, de todas que existem em uma.

A mulher meiga, carinhosa, amorosa, inteligente, solidária, companheira, cúmplice, amiga, leal, intensa, forte. A mulher fraca, birrenta, explosiva, dengosa, dura, fria e sensível.

A mulher menina, a menina mulher, o mulherão, a pequena moleca, a criançona, a mulher madura..

Todas as mulheres que existem dentro de todas nós mulheres.


Dia 08 de Março, não é o seu aniversário a toa, minha amiga linda!

O "Dia Internacional da Mulher" é um apelo para todas as pessoas, homens e mulheres conseguirem olhar todo lado feminino que existe dentro de nós. E, ao homenagear você, consigo enviar esse recado a todas as outras, mostrando o quão lindo é a arte de simplesmente ser mulher.


Ser mulher, sem ter medo de ser fresca para ir ao supermercado, de sentir a sensação de "fiz merda" quando o limite do cartão estoura, escutar os desaforos e responder com outros, e no dia seguinte rir das asneiras faladas, da emoção sentida e da explosão vivida.


As suas confusões do período de TPM, as birras pensadas, as perguntas eternamente sem respostas, a alegria de ter seguido o regime, a frustração de ter comido demais, as horas de conversa por telefone, a culpa pela conta no final do mês, os choros, as alegrias, as manhas e as palavras duras...O seu "jeito mulher de ser" que representa todas aquelas que amam e odeiam, gritam e silenciam, perdoam e se arrependem, mudam e persistem e simplesmente encaram a vida como uma festa, um dia como uma vitória e uma hora como um recomeço.


O seu feeling aguçado, o momento despercebido e a interpretação errada. A resposta atravessada, o arrependimento da dureza, a loucura insensata, a sensatez louca... As vontades inconstantes, as certezas duvidosas, as lágrimas, os sorrisos, as verdades, as omissões. O desejo de amar, cuidar, proteger. O jeito de querer ser amada, ser cuidada e protegida. O jeito lindo de ser e de não ser. De ser e de querer ser.


O Dia da Mulher não cai no mesmo dia do seu aniversário. O seu aniversário é o dia da mulher. O dia da mulher Camila, da mulher enxaqueca, da mulher coração, da mulher TPM, da mulher ponderada, da mulher explosiva, da mulher amada, da mulher que ama, da mulher que xinga, da mulher que ri, da mulher que chora, da mulher que muda, da mulher que cresce, da mulher que vai ser sempre criança, da mulher que vai ser sempre mimada, da mulher que sonha, da mulher que luta, da mulher que cansa, da mulher que levanta.


É o dia da mulher que simplesmente é mulher. Que é igual a todas e que não se parece nada com nenhuma delas. E, quando eu penso em homenagear as mulheres, e penso em homenagear você, vejo que, é a mesma coisa.


Porque, falar do jeito mulher de ser, é a mesma coisa que o jeito Camila de ser mulher ou o jeito mulher de ser Camila.





domingo, 1 de março de 2009

A história de nós três...



Estou tentando entender, buscar respostas, aceitar a perda...
Estou tentando respeitar a vontade de Deus e esquecer todas as orações, os pedidos, as promessas e meu desespero para que Ele salvasse a vida da Gucci e da Mel...
Estou tentando não chorar quando vejo os brinquedinhos, as caminhas e os ossinhos que foram deixados espalhados pela Mel e pela Gucci por toda casa.
Estou tentando ficar juntinha da Meg para que ela não fique tão tristinha, sentindo a falta das companheirinhas, afinal, onde uma estava, as outras duas estavam também...
Estou fazendo tantas tentativas que acabo me perdendo delas com a minha dor...
Mas, eu preciso deixar a Gucci e a Mel partirem...Preciso deixar que elas fiquem bem logo, onde quer que estejam...

A maioria das minhas amigas achava a Gucci feia. Ficavam irritadamente me falando isso. Elas não tinham noção do quanto a Gucci era especial. Do quanto ela era carinhosa, meiga, educada, companheira...Era inteligente, esperta, brincalhona...a minha amiguinha...
No frio, se enfiava debaixo do edredon e a preguiça tomava conta dela...Quando era novinha, ela gostava de deitar na minha cabeça...Roubava metade do meu travesseiro e eu adorava, rs...Depois, optou por deitar sempre nos pés...De vez em quando, se encostava nas minhas costas ou no meu peito, dependendo do lado da cama que ela escolhia...
Já quando a temperatura aumentava e o calor era demais, ela descia da cama no meio da noite e ia dormir no banheiro. De preferência entre o vaso sanitário e o box, onde ela conseguia se encaixar e ficar o resto da noite...
Enquanto a Meg sempre foi mais quetinha, a Gucci sempre gostou de brincar. Me recebia com um bichinho na boca e o "cotoquinho" balançando, me chamando pra brincar...Ou então, eram as bolinhas...que ela jogava no meu pé, pedindo pra eu chutar e ela poder correr pra buscar...

Não sei definir a proporção da importância da Gucci e da Meg na minha vida. Os dias tristes que elas insistiam em alegrar, os momentos difíceis quando as lágrimas corriam e elas sempre tentavam conter com as "lambidas" e os carinhos que só esses anjos de quatro patas conseguem dar, expressando o amor puro e verdadeiro.
O tempo foi passando, elas vieram morar com meus pais e cativaram aqueles que nunca deixaram os filhos ter bichinhos de estimação...
Com amor e lealdade inquestionaveis, uma devoção e fidelidade incomuns, encheram a casa de alegria. Tomaram conta de todo espaço, dos sofás, dos tapetes, das almofadas e do coração de todos...
Fiquei "longe" delas por alguns meses, mas, nada foi suficiente para que elas chegassem a esquecer que eu era "a mamãe"...
Sempre muito amadas e muito bem cuidadas, não imaginávamos mais essa casa sem elas. A preocuação em sair e deixá-las, o cuidado para levá-las para passear, as viagens que não podiam acontecer sem a Gucci e a Meg...tudo isso fazia parte dos nossos dias...Elas eram membros da família, daquelas que saem na "foto oficial" e tudo...

Dis 24 de setembro de 2008, a Gucci teve bebê! Depois de todo desespero de não sabermos como agir, da ajuda que eu tinha do veterinário pelo telefone e da minha amiga Ro pela internet, vieram os quatro filhotinhos!
Com corpinho de ratinho e rostinho de porquinho eram os filhotinhos feios mais lindos que eu ja vi...Dois machinhos e duas feminhas.
Com dois dias a Ana Clara já deu nome pra eles: Ted, que era o machinho caramelho (ficou a versao masculina da Gucci); Snop, que era o machinho branquinho (ficou poodlezinho igualzinho ao pai); Thifanny, que tinha fucinho rosa (tbm puxou ao pai!) e a MEL, que as orelhinhas eram mais escurinhas (vira latinha xerox da mãe!).
A Meg não podia chegar perto que a Gucci rosnava. Até avançou nela umas duas vezes...E os bebezinhos foram ganhando espaço na casa. Meu pai, chegava e ia correndo ver como estavam...Minha mãe e a Cleusa ficavam o dia inteiro vendo eles se arrastarem e mamarem... Eu,
nem preciso comentar, rs
À noite, eu não resistia e trazia a caixinha deles pro meu quarto. Era certeza de noite praticamente acordada...mas, era uma delícia!!!!!!

A Mel foi a primeira a aprender a ficar chorando do meu lado pra subir na cama: IRRESISTIVEL! E eu, que já estava completamente encantada e apaixonada por ela há muito tempo, venci a guerra "a Mel fica" com meu pai...
Poucos dias que tinham completado um mês e a Thifanny foi a primeira a ir pro novo lar! Foi pertinho, pra casa dos meus sobrinhos, o que permite que ela seja visita constante nos finais de semana brincando sem cansar com a Mel...
Depois, foi o Snop e o Ted para donos escolhidos a dedo quando o assunto foi amor e dedicação...


Cada dia mais parecida com a mamãe Gucci, a Mel se diferenciava dela na calma e na paciência, características da Gu, claro, rss
Enquanto a Gucci deitava no meu colo e dormia quetinha, a Mel não parava um minuto! Subia pelo pescoço e depois que ela aprendeu a morder, ficou terrível e impossível receber os carinhos dela sem os arranhões e as mordidas na orelha e no nariz...
Ela dormia de rostinho colado comigo e pouco depois ia pra minha cabeça. Lugar que ela saía no meio da noite e ficava passeando pela cama e pelos travesseiros para se acomodar...
De madrugada, ela queria brincar! Me acordava com lambidas, que quando ela percebia não adiantar muito, mandava ver nas mordidas no meu nariz...Até eu dar o dedo pra ela morder, não aguentar e acordar pra brincar um pouquinho com ela...No outro dia, era eu sonolenta tento que ir trabalhar e ela sendo mimada pela Gucci, que ficava horas fazendo carinho nela...
Aprendeu rapidinho o que significava a palavra "passear" e tava sempre atentando a Gucci e a Meg (que não dava muita trela pra ela) pra brincar...
Na hora do almoço, comia a comidinha (que a minha mãe insistia em dar) correndo, para acabar logo e "ir pro prato" da Gucci...
Todos os dias eu achava alguma coisa nova "destruída" pela Mel perdida pela casa...Sapatos, piranhas de cabelo, absorventes, pentes, escovas, revistas, canetas, pincéis, bombril, sabonete, chaveiros...tudo o que estava ao alcance virava alvo fácil pra ela...
Ela corria com a bucha na boca e eu atras, não sabendo se ria, dava bronca ou pegava no colo, apertava e enchia de beijos...

Beijo aliás, foi uma coisa que eu dei muito...Abraço, aperto, mordida na barriga...Adorava sentir as patinhas dela no meu rosto enquanto eu fazia barulho na barriguinha dela...Ela era mesmo o meu bebê e eu tenho muito orgulho de dizer isso...
Vivia com o peito arranhado e o nariz mordido...Mas, eu não me importava!
Era ela que junto com a Gucci e a Meg, que me faziam esquecer dos problemas, sorrir quando eu tinha vontade de chorar e brincar, quando o assunto que eu precisava pensar era sério...
Talvez o título desse post deveria ser "a história de nós 4", porque a Meg viveu tudo conosco! Mas, terão outras oportunidades para eu falar sobre essa minha companheirinha que está tão triste como todos aqui em casa...

Depois de tudo isso, eu ainda preciso entender...
Porque, eu preciso deixa a Gucci e a Mel partirem...

Preciso juntar os pedacinhos de ossinho, os brinquedinhos e as piranhas que a Mel deixou embaixo da cama...Preciso decidir o que fazer com as caminhas, tantos potinhos de ração, tantos shampoozinhos e bolinhas que estão pela casa...Preciso juntar os jornais que a Mel aprendeu a fazer xixi e coco em cima...
Preciso decidir onde guardar tanta dor e sofrimento, que ta gritando pela falta delas e fingir que a casa não está triste e vazia...
Preciso deitar no travesseiro todo e parar de esperar que elas venham dormir comigo...
Preciso aprender a guardar todo amor incondicional e verdadeiro e a alegria que elas me ofereceram nos meus dias de tristeza...
Preciso entender, que, "a história de nós 3" tem que ficar guardada no meu coração e na minha memória, porque eu não vou ter mais aquela recepção tripla de felicidade quando eu chegar de madrugada em casa...
Preciso respeitar que o céu tava precisando da Gucci e da Mel para espalhar doçura e alegria por lá e fazer as pazes com o Papai do Céu por Ele não ter aceito as minhas promessas...


E, mais que tudo, preciso aceitar que não foi um grande e terrível pesadelo, que quando eu acordar, seremos só eu e a Meg...Sem entender muita coisa, cheias de dor e saudade, precisando apenas aceitar, que a Gucci e a Mel não vão mais voltar...