terça-feira, 10 de março de 2009

"Achismos"


Como temos o péssimo costume de achar as coisas! Damos o veredito sem escutarmos o réu!

Achamos que as pessoas pensam, achamos que as pessoas sentem, achamos que as pessoas gostam, achamos, achamos, achamos...Nos esquecemos de perguntar, de falar, de olhar no olho e escutar!


Todo BBB eu não vejo o começo, e na metade pego o vício. Claro que as espiadinhas básicas acontecem desde o primeiro dia e com isso, os participantes preferidos vão aparecendo.


Nos últimos dias, tenho acompanhando um falatório naquela casa, que como diz uma amiga, "tenho vontade de esganar" algumas pessoas.


Claro que muito daquilo não condiz com a realidade. A pressão é enorme, os relacionamentos intensos demais, emoção extremamente solta ao vento, mas, não tem como não parar pra pensar.. Não consigo me lembrar direito qual a frase certa dita por Pedro Bial em um daqueles textos incríveis que ele "nos despeja" em dias de paredão, mas, o sentido, foi impossível esquecer.. Ele disse que "nos vemos no outro, pelo BBB"...E, quando essas situações acontecem, impossível não relacionarmos com o lado de cá da casa.


A tal da Naiá (que ainda é uma incógnita pra mim), deu para jogar na cara dos participantes do "outro lado" que eles combinam voto. Estamos acompanhando por aqui, e, sabemos que as preferências existem, mas, que o voto combinado, não tá acontecendo. A Ana, que divide a minha opinião, tem gritado aos quatro cantos que a única amizade verdadeira que existe ali, é das duas. Josi (já gostei mais dela) e a Maíra (não desce pela minha garganta de jeito nenhum!!!) falam o dia todo do critério de votação, de justiça e não sei mais o quê.


Enquanto isso, a única coisa que realmente percebo é que "esse lado" da casa, criou um vínculo de amizade que eles simplesmente preservam uns aos outros pela lealdade. Simples assim.


Simples demais se as pessoas parassem de ficar procurando o tal do 'cabelo em ovo' e ficar arrumando justificativas pelo que nem lhes diz respeito...


Fico pensando, em quantas oportunidades perdemos de olhar para o que as pessoas realmente tem a dizer, quando tentamos ficar interpretando as "entrelinhas" do que pode não ter sido dito. A quantidade de vezes que jogamos fora a chance de acreditar em alguém porque a verdade que criamos não pode ser errada diante da verdade do outro. Os julgamentos que nos permitimos fazer do sentimento e pensamento alheio, apenas porque as atitudes das pessoas não saem como o esperado.


Nos últimos tempos, tenho evitado falar com meias palavras. Se eu tenho alguma coisa para falar pra alguém, falo e pronto. Se quiser ficar tentando me entender e encontrar o que eu não disse, pode ter certeza que é perda de tempo. As coisas podem ser mais simples se não ficarmos sempre insistindo em decifrá-las e complicá-las.


Claro que tudo tem uma razão, um motivo, alguma coisa que impulsiona o sentimento, a atitude, mas, nem sempre isso diz respeito a outra pessoa. E, se quer saber, pergunte. Se quer que a pessoa saiba, fale!


O BBB pode não ser considerado o programa mais cultural, informativo que existe, mas, as situações que acontecem ali, estão o tempo todo acontecendo conosco. Com graus e intensidades diferentes, mas, sempre acontecendo...


Todos temos a opção de achar e perguntar. Temos a opção de fazer com que as pessoas achem ou simplesmente falar. Nada na vida é tão certo e tão difícil. Nós acabamos complicando as coisas com as nossas interpretações do outro. Interpretações equivocadas ou 'maximizadas' do que o outro pensa, sente, fala e age.
Se você acha, você não tem certeza. Se você não tem certeza, não pode dar uma coisa como verdade. Se não pode dar uma coisa como verdade, não pode sentí-la como tal.

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