domingo, 2 de agosto de 2009

E você, já passou por isso?!


"Sim, eu imagino o que você sentiu."
Assistindo ao ultimo Globo Repórter, era essa a frase que eu tinha vontade de dizer para todas aquelas mulheres que foram corajosas e deram seu depoimento sobre traição no programa.
Não adianta, se você nunca viveu essa situação, provavelmente você vai viver um dia. Seja no papel do traidor, ou no papel do traído.
Eu costumava dizer que jamais perdoaria uma traição. Até que veio uma, duas, três...E eu me vi ali, andando em círculos naquelas promessas de nunca mais.
Por um tempo, você acredita mesmo que aquela situação vai acabar e as coisas voltarão a ser como antes. Que tudo vai ficar pra trás como um grande pesadelo e que a dor que você sentiu,vai ser superada pela mudança.
Algumas pessoas, grandiosamente conseguem, a maioria não.
Na minha vida, não deu certo.Precisei de alguma maneira quebrar o ciclo vicioso que as traições estavam virando. Ou eu "perdia" aquela relação, ou jamais voltaria a ser eu mesma.
Mas, tenho amigas que recomeçaram o casamento, o namoro, depois da traição. Conseguiram se reencontrar no meio "daquilo tudo" que só quem viveu conhece bem, e reescreveram suas histórias.
De comum? A dor imensa que uma traição causa. Machuca e machuca muito. São marcas que vão estar sempre ali com você, mesmo quando as cicatrizes não doerem mais, você vai saber que elas existiram e o que as tornou reais.
Essas marcas, podem fazer muito por você também. Podem te fazer acordar, recomeçar, reconstruir a autoestima dilacerada que uma traição deixa...Ou podem te deixar descrente, cético e um pouco mais frio quando se trata de acreditar novamente no outro e em uma nova relação. No meu caso, a segunda opção tem sido persistente em me acompanhar.
Às vezes, acho que é uma pena. Era gostoso ter aquele romantismo que chegava no limite do ilusório sustentando meus sonhos. Aquela sensação do "amor maior"...Já até me peguei sentindo falta dessas sensações, que eram ingênuas a ponto de acreditar que relacionamentos podem ser eternos.
Achei que depois de alguns anos, essas sensações voltariam, mas, pelo que percebi, até posso ter de vez em quando alguns lapsos, mas a realidade acaba batendo a minha porta.
Não que eu tenha me tornado fria ao extremo, de não confiar mais no amor, mas, o sinto cada vez mais real, menos passional e com aquela dose extra de cotidiano, que não impede que aquilo tudo volte a acontecer comigo, mas, que me deixa muito mais preparada para evitar e não chegar às últimas consequencias, como as minhas marcas insistem em me alertar. Afinal, elas estão ali por um bom motivo....

1 comentários:

Maria Caroline disse...

Oi Milena!
Quanto tempo!
Adorei o texto. Inclusive me inspirei... hehehe!
E me sinto do mesmo jeito. Doeu tanto que não tem explicação!
Infelizmente...

Beijo

Carol Amenidades