segunda-feira, 1 de junho de 2009

Meu momento de aprender comigo mesma....


"A grandeza de um ser humano está na sua capacidade de se fazer pequeno, para poder se colocar no lugar dos outros e entender o que está por trás das suas reações"

Augusto Cury




Depois de ler esse belo puxão de orelha, voltou-se para dentro de mim todo aquele sentimento de culpa que durante o final de semana todo cultivei. Até que ponto tenho o direito de tentar ajudar alguém que não quer ajuda?!

Por mais que consiga perceber na minha atitude quase uma tentativa de proteção com aquilo que me atingia, o incomodo de ter de certa forma, apontado uma ferida, tentado fazer um curativo sem que a pessoa tenha me pedido, ou sem que ao menos se desse conta que estava precisando, martela em mim.

Toquei no ponto fraco do outro sem que a pessoa conseguisse primeiro reconhecer essa fraqueza. E quem me disse que eu tinha esse direito?!


Resumindo para quem não está entendendo nada sobre esse pequeno capítulo de "merdas da vida", aconteceu mais ou menos o seguinte...

Tive motivos para acreditar que uma pessoa muito querida estava mentindo pra mim. Como já havia pego no pulo algumas dessas "mentirinhas cotidianas" dela que me incomodaram, a coisa tomou uma proporção grande dentro de mim. Ao me defender dessa "pequena mentira" (que PODE realmente ter sido uma confusão, disse PODE), mostrei pra pessoa a sua pequena falha de permitir esses pequenos enganos no dia a dia, e o quanto isso é ruim. E olha que falo isso com autoridade de quem já esteve no papel do pequeno mentiroso e aprendeu (GRAÇAS A DEUS) a superar isso.

A reação dessa pessoa com o conhecimento que apresentei sobre a sua atitude não poderia ter sido pior e na minha opinião, revelativa: a revolta.

Mas, isso não vem ao caso nesse post, só no próximo, rss.

O que me fez rolar na cama, não conseguir dormir mesmo com esse friozinho maravilhoso pra ficar debaixo das cobertas e vir materializar nas palavras os pensamentos que não me deixam em paz, foi o incomodo de ter sido eu a pessoa a mexer na ferida alheia.

Logo eu, que tenho tentado ser tão cautelosa na hora de me colocar no lugar do outro, cautelosa para cuidar dos julgamentos que tenho sofrido pelas minhas próprias fraquezas, me deparo com essa atitude, que nesse momento torna-se quase que imperdoável pra mim, que é apontar a falha alheia.

Caí na justificativa de que amigo é aquele que fala não só o que você quer ouvir, mas que também diz o que você precisa ouvir.

Mas, não aceito minhas desculpas e justificativas a mim mesma. Tenho a sensação que retrocedi meses de "retiro interior" depois disso. E, preciso mais uma vez, recomeçar.

Quem me deu o direito de meter o dedo onde não fui chamada, e de tentar ajudar alguém que além de não pedir minha ajuda, não se deu conta que precisaria dela?!

Qual é o limite que temos que ter para ajudar alguém em coisas tão íntimas, em características tão marcantes e qualidades ou defeitos tão distintos daquilo que somos e acreditamos ser?!

Milena, Milena: presta atenção: 'FALAR É PRATA, MAS, CALAR É OURO'.


Pronto. Mais calma depois da bronca oficializada, da revolta exposta, vou tentar voltar pra minha cama, porque meus dois travesseiros, dois edredons e um cobertor me aguardam!

1 comentários:

Juliana disse...

Já errei muito tentando proteger pessoas queridas dos mesmos males que já passei, ou dos mesmos erros que já cometi... Errei tentando fazer o que achei que seria correto, tentando evitar sofrimento alheio... Mas sofri muito com isso, e aprendi a viver a minha vida e deixar que cada um faça o mesmo (certo que ainda tenho algumas recaídas... rs...), e aprendam com os próprios erros... Acho que não existe melhor forma de aprendizado, nada como sentir o gosto amargo para descobrir o que devemos fazer para não mais “experimentar” aquela sensação. Ah! E óbvio que não acredito que sei de tudo, quem ler isso aqui vai achar que me acho a pessoa mais experiente do mundo... Não mesmo! Continuo errando, e MUITO! rs... Amiga, fica tranquila... O tempo resolve tudo... (ou quase!). Beijos!