segunda-feira, 6 de abril de 2009

Estou aprendendo!


Hoje consigo perceber que durante a minha infância tive grandes dificuldades em assumir meus erros. Tentava das mais diferentes maneiras justificar as coisas ou associar meus erros a outros já cometidos. Sempre achei que assim seria “mais fácil”.
Na adolescência, fui sendo moldada pela vida e pelos acontecimentos, e sem perceber fui agregando uma certa humildade em reconhecer que estava sim errada e que precisava sim aprender.
Comecei a compreender que alguns erros me levavam a errar, mas que isso jamais poderia tirar a minha responsabilidade por aquilo que eu fiz ou deixei de fazer. Parei de culpar o outro pela minha infelicidade ou felicidade e assumi completamente a “culpa” pela minha vida!
Aí exagerei no sentimento de responsabilidade. Cheguei a abraçar as “dores do mundo” como minhas próprias e passei por um longo período de baixa auto-estima que era quase um peso maior pelas culpas que eu agregava.
Disfarcei por um tempo essa falta de equilíbrio e sofri muito com ela. Sem que eu percebesse, fui sendo moldada pelos meus próprios conselhos e sentimentos.
Me dei conta do que é meu e do que é do outro e entendi que cada um é responsável por aquilo que faz, fala ou pela maneira como age/ reage a alguma coisa.
Daí a entender e aceitar meus próprios erros foi um pequeno passo. Passei a encará-los como naturais e humanos, enfrentá-los de frente e jamais fugir ou tentar jogar para o próximo as minhas frustrações.
Lidar com as minhas expectativas, com meus anseios e tudo o que me leva a acertar ou errar é o que me permite ser melhor a cada dia. Amadurecer pra mim tem sido uma tarefa difícil e ao mesmo tempo, deliciosa, que tem acontecido naturalmente, sem que eu precise de uma pressão ou sofrimento exagerado para isso.
Perdi tanto tempo dando voltas, jogando aos outros a responsabilidade pelas minhas escolhas e pela minha vida que quando deixei de fazê-lo, fui naturalmente surpreendida pelo sucesso dos meus relacionamentos. As escolhas passaram a ser minhas e apenas minhas. O resultado final passou a ser exclusivamente a maneira como eu lutei para chegar até ele. E, a leveza do meu coração, ah, essa não tem palavras que possam definir, apenas a tranquilidade de dever cumprido e o orgulho de poder ser melhor hoje, do que eu era ontem...

1 comentários:

Camila disse...

Simplesmente AMEI, e posso ver de perto (meio longe -rs) esse grande aprendizado!

amo vc
beijos